Média, mediana, moda, desvio padrão e variância de distribuições continuas

Mecânica QuânticaDistribuição e probabilidade Suponha que você tem um conjunto de partículas, e cada partícula tem uma massa associada. As massas das partículas estão representadas pela série dada: Ω={0,0,1,1,1,2,2,3,4,5} Agora, você deseja calcular a média (valor esperado) da massa de uma partícula escolhida aleatoriamente, com base nas probabilidades associadas a cada massa, depois de verificar que a quantidade de partículas estudadas é dada exatamente pela quantidade de elementos dentro do conjunto estudado, ou seja, n(Ω)=10Sabendo que:As partículas de massa zero são caracterizadas pelo evento A, então, a quantidade de elementos que compõem esse evento é, n(A)=2.As partículas de massa um são caracterizadas pelo evento B, então, a quantidade de elementos que compõem esse evento é, n(B)=3.As partículas de massa dois são caracterizadas pelo evento C, então, a quantidade de elementos que compõem esse evento é, n(C)=2.As partículas de massa três são caracterizadas pelo evento D, então, a quantidade de elementos que compõem esse evento é, n(D)=1.As partículas de massa 4 são caracterizadas pelo evento E, então, a quantidade de elementos que compõem esse evento é, n(E)=1.As partículas de massa 5 são caracterizadas pelo evento F, então, a quantidade de elementos que compõem esse evento é, n(F)=1.As probabilidades de escolher uma partícula com uma determinada massa são as seguintes: 1) Probabilidade de escolher uma partícula com massa igual a zero, ou seja, dada pelo evento A com relação ao total de partículas analisadas: P(m=0)=n(A)n(Ω)=210=20%. 2) Probabilidade de escolher uma partícula com massa igual a um, ou seja, dada pelo evento B com relação ao total de partículas analisadas: P(m=1)=n(B)n(Ω)=310=30%. 3) Probabilidade de obter uma partícula com massa igual a dois, ou seja, dada pelo evento C com relação ao total de partículas estudadas: P(m=2)=n(C)n(Ω)=210=20%. 4) Probabilidade de obter uma partícula com massa igual a três, ou seja, dada pelo evento D com relação ao total de partículas estudadas:P(m=3)=n(D)n(Ω)=110=20%. 5) Probabilidade de escolher uma partícula com massa igual a quatro, ou seja, dada pelo evento E em relação à amostra Ω:P(m=4)=n(E)n(Ω)=110=10%. 6) Probabilidade de escolher uma partícula com massa igual a cinco, ou seja, o número de elemento de massa igual a cinco em relação ao total de partículas: P(m=5)=n(F)n(Ω)=110=10%. Observe que, a soma em uma probabilidade discreta deve ser igual a 1 ou igual a 100%.Portanto,𝛴i=1i=10pi(xi)=210+310+210+110+110+110=1010=1=100% Agora, para calcular a média da massa das partículas, você multiplica cada massa possível pelo seu respectivo valor de probabilidade e soma todos esses produtos. <x>=𝛴i=1i=10xip(x>xi)=0×210+1×310+2×210+3×110+4×110+5×110=1,90 u.m. Portanto, a média da massa das partículas, escolhidas aleatoriamente de acordo com as probabilidades dadas, é de 1,90 unidades de massa. Isso representa o valor esperado da massa de uma partícula selecionada aleatoriamente.No caso, de uma distribuição contínua, temos o mesmo conceito em que a soma das probabilidades deve ser igual a um. Ou seja, <x>=-+𝜌(x)dx=1A função 𝜌(x)=exp(-x) descreve uma queda exponencial, onde x é a variável independente e 𝜌(x) é a variável dependente. Para gerar uma sequência de números que satisfaça essa equação, você pode simplesmente escolher valores para x e calcular os valores correspondentes de 𝜌(x) usando a função exponencial. Aqui estão alguns pares de valores x e 𝜌(x) que satisfazem a equação 𝜌(x)=exp(-x): 1. x = 0,00, 𝜌(x=0,00)=1,0002. x = 0,50, 𝜌(x=0,50)=0,6073. x = 1,00, 𝜌(x=1,00)=0,3684. x = 1,50, 𝜌(x=1,50)=0,2235. x = 2,00, 𝜌(x=2,00)=0,1356. x = 2,50, 𝜌(x=2,50)=0,0837. x = 3,00, 𝜌(x=3,00)=0,0508. x = 3,50, 𝜌(x=3,50)=0,0309. x = 4,00, 𝜌(x=4,00)=0,01810. x = 4,50, 𝜌(x=4,50)=0,011 Essa sequência representa uma queda exponencial onde 𝜌(x) diminui à medida que x aumenta. Vamos relembrar de algumas das propriedades das distribuições para conseguir computar a média, mediana, média quadrática, variância e desvio padrão. Moda A moda em uma distribuição contínua representa o valor ou os valores da variável aleatória que têm a maior densidade de probabilidade, ou seja, são os valores mais prováveis de ocorrerem. No caso de uma distribuição contínua com densidade de probabilidade dada por 𝜌(x)=exp(-x), a moda corresponde ao valor ou aos valores de x que maximizam a densidade de probabilidade. Para encontrar a moda nessa distribuição, podemos derivar a densidade de probabilidade em relação a \(x\) e igualar a derivada a zero. Isso nos dará os pontos onde a densidade de probabilidade atinge o seu máximo. Vamos calcular a derivada da densidade de probabilidade: ddxe-x=-e-x Agora, igualamos a derivada a zero para encontrar os pontos de máximo: -e-x=0 No entanto, a exponencial negativa nunca é igual a zero. Portanto, não existem pontos onde a densidade de probabilidade seja maximizada, e essa distribuição contínua não possui uma única moda. Isso significa que, na distribuição contínua dada por 𝜌(x)=e-x, todos os valores de x têm densidades de probabilidade diferentes, mas não há um valor específico que seja o mais provável. A densidade de probabilidade diminui exponencialmente à medida que \(x\) aumenta, mas não atinge um máximo, tornando essa distribuição unimodal (sem moda). Mediana No contexto da distribuição contínua com densidade de probabilidade dada por 𝜌(x)=e-x, a mediana é uma medida estatística importante que nos ajuda a compreender a localização do ponto central da distribuição. A mediana é definida como o valor de x que divide a distribuição em duas partes iguais, ou seja, 50% dos valores da variável aleatória estão abaixo da mediana, e 50% estão acima dela. Para encontrar a mediana nesta distribuição, precisamos determinar o valor de x que satisfaz a seguinte equação: -x=medianae-xdx=12 A integral acima representa a área acumulada sob a curva da densidade de probabilidade até o ponto x=mediana, e a igualdade a 12 indica que estamos procurando o ponto que divide igualmente essa área. Resolvendo a integral, chegamos a: -e-x|-x=mediana=12 Avaliando os limites da integral: limx-(-e-x-(-e-x=mediana))=12 Como limx-e-x=0 (a exponencial negativa tende a zero quando x se aproxima do infinito negativo), podemos simplificar a equação para: -e-x=mediana=12 Agora, podemos resolver para x=mediana: e-x=mediana=-12 Tomando o logaritmo natural em ambos os lados: xMEDIANA=ln(-12) E multiplicando ambos os lados por -1: xMEDIANA=-ln(-12)=ln(2) Portanto, a mediana da distribuição é aproximadamente xMEDIANA0,6931. Isso significa que, na distribuição com densidade de probabilidade 𝜌(x)=e-x, o valor da mediana está em torno de 0,6931. Isso indica que metade das observações desta distribuição está abaixo de 0,6931, e a outra metade está acima desse valor, tornando-o um ponto de referência importante para a localização central da distribuição. Média A média <x>é calculada como a integral do produto entre a variável aleatória x e a densidade de probabilidade 𝜌(x) em relação a x. A fórmula para calcular a média é a seguinte: <x>=0x𝜌(x)dxAgora, podemos substituir a densidade de probabilidade \(\rho(x) = \exp(-x)\) na fórmula e realizar a integração: <x>=0xe-xdx Para calcular esta integral, usaremos a integração por partes, que envolve o uso da seguinte fórmula: udv=uv-vdu Vamos escolher u=x e dv=e-xdx. Em seguida, derivamos u para obter du e integramos dv para obter v:u=xdu=dx dv=e-xdxv=-e-x Agora, aplicamos a fórmula da integração por partes: <x>=-xe-x|0+0(-e-x)dx Avaliando os limites da integral: 1. Quando x tende a , a exponencial e-x tende a 0. Portanto, o primeiro termo -xe-x vai para 0. 2. Quando x é 0, o segundo termo -xe-x também é 0. Agora, podemos simplificar a expressão: <x>=0(-e-x)dx Integramos -e-x em relação a x: <x>=e-x|0 Avaliando os limites da integral: 1. Quando x tende a , a exponencial e-x tende a 0. 2. Quando x é 0, a exponencial e0 é 1. Portanto, a expressão se torna: <x>=1A média da distribuição contínua com densidade de probabilidade 𝜌(x)=e-x no intervalo de 0 a é igual a 1. Isso significa que, de acordo com esta distribuição, a média é 1, indicando que os valores da variável aleatória têm uma tendência de se concentrar em valores próximos a 1. Quadrado do valor esperado Para calcular a média quadrática no caso anterior, onde temos a densidade de probabilidade \(\rho(x) = \exp(-x)\), devemos usar a seguinte fórmula: <x2>=0x2𝜌(x)dx Agora, vamos calcular essa integral passo a passo: Usando a integração por partes, escolhemos u=x2 e dv=e-xdx. Em seguida, derivamos u para obter du e integramos dv para obter v: u=x2du=2xdxdv=e-xdxv=-e-x Aplicando a fórmula da integração por partes: <x2>=-x2e-x|0+02xe-xdxAvaliando os limites da primeira parte da integral: 1. Quando x tende a +, e-x tende a 0, tornando o primeiro termo -x2e-x igual a 0. 2. Quando x é 0, o primeiro termo também é 0. Isso nos deixa com a seguinte integral: <x2>02xe-xdx Agora, podemos calcular essa integral: <x2>=-2xe-x|0+02e-xdx Avaliando os limites da primeira parte da integral: 1. Quando x tende a , e-x tende a 0, tornando o primeiro termo -2xe-x igual a 0. 2. Quando x é 0, o primeiro termo também é 0. Agora, calculamos a integral restante: <x2>=20e-xdx Integrando e-x em relação a x: <x2>=-2e-x|0 Avaliando os limites: 1. Quando x tende a +, e-x tende a 0. 2. Quando x é 0, e-x é igual a 1. Portanto, a expressão se torna: <x2>=2. Portanto, a média quadrática (ou valor esperado de x2) da distribuição com densidade de probabilidade 𝜌(x)=e-x no intervalo de 0 a + é igual a 2. Isso significa que, em média, os valores de x tendem a se concentrar em torno de 2, em relação a essa distribuição de probabilidade. Variância A variância é uma medida estatística fundamental que descreve a dispersão ou a variabilidade dos dados em relação à média em uma distribuição. Ela fornece informações sobre o quão espalhados ou concentrados os valores da variável aleatória estão em relação ao valor médio. A variância é comumente calculada a partir das integrais de x e de x2 multiplicadas pela densidade de probabilidade em uma distribuição contínua. Para calcular a variância (𝜎2) de uma variável aleatória contínua com densidade de probabilidade 𝜌(x), usamos a seguinte fórmula: 𝜎2=<x2>-<x>2 Onde:- 𝜎2 representa a variância.- <x2>é o valor esperado de x2, que é a média quadrática.- <x> é o valor esperado de x, que é a média. A variância é calculada como a diferença entre o valor esperado de x2 e o quadrado do valor esperado de x. Portanto, podemos calcular a variância usando as integrais de x e de x2 multiplicadas pela densidade de probabilidade. A integral de x multiplicado pela densidade de probabilidade 𝜌(x) é usada para calcular o valor esperado de x: <x>=0x𝜌(x)dx Enquanto a integral de x2 multiplicado pela densidade de probabilidade (𝜌(x)) é usada para calcular o valor esperado de x2, que é a média quadrática: <x2>=0x2𝜌(x)dx Uma vez calculados <x> e <x2>, podemos usar a fórmula da variância para obter a medida da dispersão dos dados em relação à média. Prova do cálculo da variância por meio das integrais 𝜎2=<𝛥x2>=-+𝛥x2𝜌(x)dx𝜎2=-+(x-<x>)2𝜌(x)dx=-+(x2-2x<x>+<x>2)𝜌(x)dx𝜎2=-+x2𝜌(x)dx-2-+x<x>𝜌(x)dx+-+<x>2𝜌(x)dx𝜎2=<x2>-2<x>-+x𝜌(x)dx+<x>2-+𝜌(x)dx𝜎2=<x2>-2<x><x>+<x>2𝜎2=<x2>-2<x>2+<x>2𝜎2=<x2>-<x>2

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